segunda-feira, dezembro 26, 2005

domingo, 2 de outubro de 2005

Capitulo Terceiro - Do Ébrio

Ora, é com uma certa pontada de felicidade que escrevo agora nesse blogue. Mas não se acostumem não meus leigos, a felicidade vem, antes de tudo, daquilo que ainda corre em minhas veias. Da pupila dilatada, o algodão na boca, o ouvido tampado que coloca as verdades comuns do outro lado de um abismo e tudo mais que contribui pra euforia de sentir o mundo cada vez menos real.
Como estou sentindo meu rim trabalhar pra filtrar as "impurezas", vou escrever alguma besteirinha antes que que a felicidade vá pelo ralo, literalmente.

Antes das besteirinhas, algumas ponderações:

Perdeu!!!!
Se quiser falar comigo, qualquer hora e lugar.
Parabéns!
Tava com saudades.
Entendi porque te odeiam.

Cada um sabe qual o seu.

Besteirinhas:

Fazes tu?

Se depara com um mundo que enoja. Sente o odor putrefato de uma sociedade a cada fungada. Ah, e a vontade de parar de respirar? Sim, veio de novo mon ami. Mas e aí? A vontade aperta, o cheiro se torna cada vez mais insuportável e o nojo lhe corrói a alma. Hoje. Que fazes?
Seu tolo, tua hipocrisia é bem fugaz, mas não passa despercebida. Passa um dia, dois três e o hábito lhe amansa os favores. Vai negar? Ainda está pisando à carniça, está revolto, quase que incontrolável, ainda assim, que fazes?
Faz abanar o malcheiro. Mas gritas aos quatro ventos que abanaste a podridão que emana sob teus pés. Esquece do teu hálito que cega desapercebido. Ameaça um pensamento disso e depois, que fazes?
Chora tua existência pra desviar o pensamento. Até que boa idéia, parece que as lágrimas afogam o cheiro. Fede igual. Teus olhos, agora embaçados pelo propósito ou providência, desviam para o céu e tudo fica mais bonito sem olhar pra baixo. Amansou o bicho bravo? Justifica: Pois é, eram apenas fases.



Quero dar um tiro em cada um que irá votar não no desarmamento.


Não podia faltar o poema. Mas hoje não original.


Consolo na Praia - Drummond

Vamos, não chores
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.

O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.

Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis casa, navio, terra.
Mas tens um cão.

Algumas palavras duras.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.

Tudo somado, devias
precipitar-te - de vez - nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.




Era pra ter um do Manu Bandeira, mas fica pra depois...

E o mundo ainda tá girando.

4 Comments:

Anonymous Anônimo said...

nunca sei o que dizer... vc é mto misterioso hehehe bjo

12:42 PM  
Anonymous Anônimo said...

eu tb... muuuita... (pelo horario nem deve ter sido pra mim, mas eu tava mesmo...)... =(

12:43 PM  
Anonymous Anônimo said...

Eh.....TrapaCCCCCCCCeiro!

12:43 PM  
Anonymous Anônimo said...

Vou comentar neste texto, mas achei tds excelentes...é aí q vemos qnd uma pessoa realmente tem talento, eu não vou tentar expressar em palavras o q achei deste blog simplesmente porque as palavras não vão traduzir as palavras q li aki!! Nenê, estou impressionada, adorei mesmo seu blog...bjos

12:43 PM  

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