segunda-feira, dezembro 26, 2005

sexta-feira, 23 de dezembro de 2005

Capitulo Sétimo - Pausa para reflexão

Pedir a sinceridade daqueles cujos caminhos levaram as pegadas frescas do meu cantinho do mundo, talvez seja pedir em demasia tarde. Relativa como só ela, a verdade muta moldada nos frios dedos do tempo, mas continuo a ignorar isto até que o tempo tenha se sobrepujado, restando apenas lamentos e divagações.
Daí, indago se existiria alguma verdade absoluta e os trilhos da vida já foram todos alinhados. Se a esperança sempre foi uma traquinagem do destino, buscando satisfazer seus desejos mórbidos e regalando-se a cada obstáculo pré-imposto apenas para adiar o gozo final da morte. Seria a crueldade então, a única verdade absoluta?
Por algum motivo besta, ainda não consigo acreditar nisto. Mesmo sentindo a pele estreita me impedindo o crescimento e deixando que cada transeunte leve consigo um pedaço d'alma, sou um descrente e um diminuto.
Cada ponto de chegada é uma nova largada, mas que fazer quando parado em trânsito e os tijolos amarelos todos perderam a cor? Não há caminho de volta nem por onde seguir. Passamos a ser estátuas sofrendo a ação dos elementos, náufragos em alto mar maculados pelo sol e esperando a morte certa.
Melhor cessar com os recessos e enfrentar a realidade cada vez mais perto do sono: meu cantinho do mundo está cada vez mais vazio.



Chega De Saudade

Vinicius de Moraes

Composição: Tom Jobim/Vinícius de Moraes


Vai minha tristeza
E diz a ela que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece
Que ela regresse
Porque não posso mais sofrer
Chega de saudade
A realidade é que sem ela
Não há paz Não há beleza
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim
Não sai de mim
Não sai
Mas, se ela voltar
Se ela voltar que coisa linda!
Que coisa louca!
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos
Que eu darei na sua boca
Dentro dos meus braços, os abraços
Hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calada assim,
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio
De você viver sem mim
Não quero mais esse negócio
De você longe de mim
Vamos deixar esse negócio
De você viver sem mim...

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Eu acho q toda largada é uma nova chance de começar de nvo e fazer melhor...se ficamos parados e os tijolos perdem a cor é uma coisa q so nós mesmos podemos resolver.... Não existem
fenomenos fisicos ou sobrenaturais que possam, de fato, nos impedir de caminhar/continuar vivendo...
Hora ou outra tropeçamos, caimos...ou paramos para ajudar alguem a seguir em frente...
Estatuas mesmo, ninguem nos obriga a ser....
E qto a verdade absoluta, eu conheço uma dentre varias:
Vc é uma pessoal mega especial e, definitivamente, não acredito q seja uma crueldade da vida para mim...
Bjinhux no coração!! Te adoro!

12:52 PM  
Anonymous Anônimo said...

Mutáveis ou não, verdades são sempre verdades, e algumas a gente tem que encarar, não tem jeito.
Quando você estiver parado, sem conseguir sair do lugar, você sempre terá pessoas que te gostam pra te dar aquele empurrão.
Alguns empurrões se fazem necessários as vezes, sabe?
E se quer saber, eu poderia te dizer uma, duas, três, infinitas verdades imutáveis, "nuas e cruas"rs, a cada "sim sim" meu ou qualquer expressão bizarra minha...rs...
Mas contento- me com apenas com uma:
Você é e vai ser sempre alguém especial, e isso, meu caro, não muta não.
Mesmo depois de tanto tempo, você consegue surpreender, especialmente qdo entro aqui e me deparo com coisas lindas assim escritas por você, meu sofá vermelho.
Como eu prometi, aqui está, pra você guardar, ok???rsrsrs
Beijos, querido!!!

12:53 PM  

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